Domingo, 19 de julho de 2020
Ação criminosa
está sendo investigada pela Caixa e pela Polícia Federal.
Hackers
desviaram o auxílio emergencial de R$ 600 de alguns brasileiros de baixa renda
pelo aplicativo Caixa Tem. A ação criminosa foi revelada na última sexta-feira
(17) pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e está sendo
investigada pelo banco em parceria com a Polícia Federal (PF).
"Alguns
bandidos estão desviando dinheiro da população mais carente", revelou
Pedro Guimarães, nesta sexta-feira, logo após uma "reunião longa" da
diretoria da Caixa com a Polícia Federal.
Ele garantiu
que o volume de desvios é pequeno em relação ao universo de beneficiários do
auxílio emergencial. Mas reconheceu que, como esse universo conta com mais de
65 milhões de brasileiros, as fraudes acabaram causando "bastante
barulho".
Guimarães
disse, então, que é por conta desse problema que o aplicativo Caixa Tem, que é
usado pelos brasileiros para movimentar os recursos do auxílio emergencial
antes do saque em espécie dos R$ 600, tem apresentado algumas instabilidades
nas últimas semanas.
Parque das
questões, dos problemas do Caixa Tem são porque identificamos contas utilizadas
por hackers que estão fazendo bastante barulho. Não posso falar mais. Mas
seremos extremamente firmas, porque roubar dinheiro do pobre em um momento de
pandemia... Poucas coisas são mais graves do que isso", afirmou Guimarães.
Ainda de acordo
com o executivo, a Caixa já bloqueou "algumas contas usadas por esses
bandidos" e também já "invadiu grupos de WhatsApp de hackers".
"Já temos bastante coisas e vamos passar para a Polícia Federal",
avisou. O executivo ainda garantiu que "irá às últimas consequências em
reação a isso".
O presidente da
Caixa reconheceu ainda que algumas contas "de pessoas corretas e
honestas" acabaram sendo bloqueadas indevidamente nessa tentativa do banco
de coibir os desvios dos R$ 600. Mas garantiu que essas pessoas não serão
prejudicadas.
"Algumas contas foram bloqueadas por suspeita de fraude. Em algumas já verificamos que houve fraude sim. Mas as que não são fraude serão liberadas de novo. [...] Sempre que for verificado isso, voltaremos e pagaremos", prometeu.
Correio
Brasiliense
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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