Terça-feira, 14
de abril de 2020
Análise
publicada pela Science Magazine considera diversos cenários de isolamento e
imunidade; confira os detalhes.
São Paulo - A
Science Magazine publicou um estudo sobre quando e como o mundo poderá deixar o
isolamento por conta do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com o
especialista, Dr. Atila Iamarino, as conclusões são “tensas”.
Os seis autores
do estudo modelaram como a humanidade desenvolve a imunidade contra o novo
coronavírus, causador da Covid-19 . Na falta de intervenções, o vírus pode ser
um problema até 2024. “O que aceleraria o processo de uma forma não
catastrófica seriam novos tratamentos e ampliação na capacidade de leitos”,
afirma Atila Iamarino.
Os
pesquisadores projetam que, com base nos dados de contágio atuais, o vírus
poderia circular livremente a qualquer momento, em qualquer estação do ano.
Temperaturas elevadas podem atrapalhar, uma vez que aglomerações e ambientes
fechados costumam ser evitados, mas não é o suficiente para ajudar a combater o
vírus. “Manaus (AM) é quente e úmida, mas já tem um colapso no sistema de
saúde”, explica Iamarino, que fez um estudo de caso sobre os impactos da
Covid-19 na Região Norte.
Com imunidade
permanente, se ninguém contrair o vírus mais de uma vez, os pesquisadores
apontam que o novo coronavírus poderia desaparecer em cinco anos. Sem imunidade
permanente, não se tem perspectiva de quando o Sars-CoV-2 poderá deixar de
existir. “Ainda não sabemos qual é o caso (de recontaminação), e o próprio
estudo recomenda testes de imunidade das pessoas para saber melhor”.
Em cenários de
imunidade protetora, os pesquisadores projetam que a quarentena em países de
primeiro mundo - onde há boa capacidade nos leitos de UTI - poderia durar até
maio de 2021, com relaxamento gradual até a metade de 2022. A aceleração no
processo de relaxamento da quarentena depende diretamente de melhorar a
capacidade de hospitais.
IG
Luciano Belford/Agencia O
Dia
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