Vítima era
cabeleireira e disse para a amiga, por telefone, que não abriria o salão porque
estava com medo das ameaças. Ela foi morta com dois tiros e, em seguida, o
suspeito se matou.
Rosinete
Martins da Silva, de 44 anos, era cabeleireira. Nesta segunda-feira (5), ela
não abriu o salão de beleza porque estava com medo das ameaças do ex-marido.
Ele não aceitava o fim do relacionamento. Antes de ser assassinada por José
Gomes da Silva Neto nesta segunda, em Juazeirinho, no Seridó da Paraíba,
Rosinete ligou para uma amiga e disse que iria denunciá-lo, no entanto, a
delegacia estava fechada. "Amanhã eu vou na delegacia, às 8h eu vou
lá", disse ao telefone.
Rosinete
Martins não teve a oportunidade da defesa. Como a delegacia estava fechada, ela
decidiu não sair de casa e esperar pelo dia seguinte. Mas por volta das 15h, o
ex-marido da cabeleireira entrou na casa e efetuou dois tiros que atingiram
Rosinete na cabeça e no braço. Em seguida, ele se matou com um tiro na cabeça.
O
superintendente de Polícia Civil de Campina Grande - PB, delegado Luciano Soares,
disse que a delegacia estava fechada por causa do feriado. Ele explicou que
nesses casos o plantão da Polícia Civil na região estava funcionando na cidade
de Esperança - PB, cerca de 100 km de Juazeirinho. Ainda de acordo com Luciano
Soares, esses casos devem ser comunicados também à Polícia Militar, a quem cabe
os primeiros atendimentos.
De acordo com
a polícia, José Gomes, de 51 anos, entrou na casa pelo telhado. Ele estava
armado com um revólver calibre 32. A arma foi encontrada ao lado do corpo dele.
Nas conversas
por telefone com a amiga Soraide Diniz, a cabeleireira disse que o ex-marido
ligou para ela e que ela fez questão de atender. "Tentei sair numa boa,
ele não quer. Eu disse que ia denunciar ele, ele disse 'está bom, você vai
ver'".
Segundo Soraide,
o casal estava separado há cerca de um mês. Ela aconselhou a amiga a ligar para
um policial, já que a delegacia estava fechada por conta do feriado. Durante a
conversa, Rosinete disse: "Vou nem abrir o salão que eu estou com
medo".
Nas últimas
conversas pelo celular, a cabeleireira disse que iria ficar trancada em casa e
procuraria a polícia nesta terça-feira (6). "É isso que eu vou fazer
amanhã, vou denunciar. Amanhã acho que está aberto, né? Eu vou lá. 8 horas vou
lá", disse Rosinete para a amiga Soraide.
A Polícia
Militar explicou que foi acionada para ocorrência e quando chegou na residência
da mulher só encontrou o homem morto e a arma ao lado do corpo. A mulher havia
sido levada por vizinhos para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e
morreu. A cabeleireira deixou três filhos.
G1 PB
Foto reprodução internet
0 comentários:
Postar um comentário