Sábado, 13 de
abril de 2019
O projeto ‘Formando
Vidas’, do Ministério Público da Paraíba (MPPB) tem fiscalizado Unidades
Básicas de Saúde dos municípios paraibanos. No primeiro ciclo finalizado, a
equipe encontrou falta de medicamentos para gestantes, além de locais sem
acessibilidade para grávidas.
Criador do projeto, o
promotor Raniery Dantas conversou com o Portal MaisPB e explicou que muitas
mulheres também não fazem o acompanhamento regular e não realizam a quantidade
de consultas necessárias até o parto. Segundo ele, é ainda uma dificuldade descobrir
qual será a maternidade em que vai dar à luz, e acabam ‘peregrinando’ até mesmo
no dia do parto.
Exames pré-natais,
necessários para reduzir os óbitos fetais registrados, também não têm sido
oferecidos nas unidades. Segundo ele, os exames detectam se a gravidez é de
risco ou quais cuidados específicos precisam ser tomados.
Em 2017, foram
registrados no Estado 625 óbitos fetais, 36 mortes maternas e 429 mortes de
nascidos com menos de sete dias. Já entre janeiro e junho de 2018, 762 bebês
nasceram sem que suas mães fizessem nenhuma consulta de pré-natal; 1.702
nasceram com uma a três consultas, enquanto 8.024 com quatro a seis consultas.
“Se a grávida passar
pelos exames que a legislação estabelece, se ela tem o transporte adequado para
a maternidade, entre outros fatores, isso ajuda na diminuição dos casos de
morte dos fetos”, explica o promotor.
A primeira etapa
aconteceu em Campina Grande e região metropolitana. Nas UBS’s da área, as
irregularidades encontradas foram notificadas e geraram Termos de Ajustamento
de Conduta (TAC).
Agora, o projeto segue
para a região de Guarabira onde irá fazer novos levantamentos. Raniery analisa
que as irregularidades não são consideradas graves, mas a Paraíba ainda precisa
avançar para que o quadro seja classificado como ‘satisfatório’.
Mais PB
Foto reprodução Mais PB
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