Terça feira,
24 de julho de 2018
A Delegacia
de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (24)
Alan de Moraes Nogueira, um policial militar reformado, e Luís Cláudio Ferreira
Barbosa, ex-bombeiro militar. Segundo a polícia, os dois são integrantes do
bando de Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, miliciano
que está preso na penitenciária federal de Mossoró. Os dois são suspeitos de
envolvimento no assassinato de um policial e de um ex-policial em fevereiro do
ano passado em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
De acordo com
o delegado da DH Willians Batista, responsável pela investigação do caso de
Guapimirim, uma testemunha da morte de Marielle Franco disse que Nogueira
também está ligado à execução da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes,
em março deste ano, no centro do Rio.
“[A
investigação do] caso Marielle está sob sigilo, não está sob minha
responsabilidade. Está com o titular, Giniton Lages. Mas essa testemunha, que
deu início à investigação que culminou com as prisões de hoje, colocou os três
presos, incluindo o Orlando, no caso Marielle. O teor dessa participação ainda
está sob investigação. Eles serão ouvidos em outros casos investigados e também
no caso Marielle", afirmou Batista.
Segundo o
jornal O Globo, Nogueira estaria no carro que fez a emboscada na região central
do Rio de Janeiro e disparou contra o carro onde estava a vereadora. Porém, o
delegado não confirmou a informação do jornal. Batista disse que, como não teve
acesso ao depoimento dessa testemunha, pode dizer apenas que ela apontou a
participação de Nogueira. "Eu não tive acesso ao que ele [testemunha]
falou sobre a posição de cada um na morte de Marielle e do Anderson. Seria
prematuro da minha parte dizer que eles estavam dentro do carro. Mas foi
apontado que de alguma maneira eles participaram do caso.”
Prisão temporária
Batista
explicou que Nogueira e Barbosa foram presos temporariamente, com mandado
expedido pela Vara Criminal de Guapimirim. Orlando Araújo também teve um
mandado expedido. Segundo o delegado, o policial José Ricardo e o ex-policial
Rodrigo Severo, mortos em fevereiro passado, também faziam parte da milícia de
Orlando e tramavam um golpe para tomar o comando do grupo. Eles teriam sido
chamados ao sítio de Orlando, em Guapimirim, onde foram executados.
“O caso
estava um pouco parado, sem uma linha de investigação muito eficaz a ser
seguida, até que conseguimos essa testemunha que falou de diversos crimes
daquela organização criminosa, inclusive este que ficou sob minha
responsabilidade. Essa testemunha descreveu toda a dinâmica”, acrescentou
Batista..
As
diligências comprovaram o relato da testemunha. O carro de Nogueira, apreendido
hoje, foi identificado em imagens do pedágio escoltando o carro de uma das
vítimas. Os corpos foram encontrados carbonizados nesse veículo.
O advogado de
Nogueira, Leonardo Lopes, negou o envolvimento do policial reformado com
milícias e com a execução de Marielle Franco e Anderson Gomes.
“Não
conseguimos acesso ao inquérito e estamos tendo o direito de defesa cerceado.
Estamos tentando entrar na delegacia ainda. Ele estava em casa, às 6h da manhã,
o carro dele também foi trazido para cá. Ele não sabe o que está acontecendo,
nega totalmente o fato. Ele mora em Olaria, estava dentro de casa com a esposa,
é um cara tranquilo, uma pessoa do bem. Não teve nenhum tipo de contato com o
Orlando de Curicica", disse o advogado.
Lopes afirmou
que agora, com acesso ao inquérito, poderá fazer um pedido de habeas corpus
direto ao juiz.
Agência
Brasil
Foto
reprodução internet
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