Segunda
feira, 30 de julho de 2018
Johnny Hooker
discursou em defesa da peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, retirada
do Festival de Inverno de Garanhuns e foi vaiado por alguns espectadores.
Depois de uma
polêmica que rendeu várias reviravoltas envolvendo a retirada do espetáculo “O
Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” da programação do Festival de Inverno
de Garanhuns (FIG), no Agreste de Pernambuco, o cantor Johnny Hooker jogou mais
gasolina no assunto. Em discurso, ele elevou os ânimos do público ao dizer que
“Jesus é travesti”, durante o seu show no palco principal do evento, na
sexta-feira (27). A declaração rendeu aplausos, vaias e garrafas arremessadas
em direção a ele.
“Eu estou
aqui hoje para dizer que Jesus é travesti sim! Jesus é transexual sim! Jesus é
bicha sim!” gritou diante do público fazendo referência à peça protagonizada
pela atriz trans Renata Carvalho. Enquanto parte dos espectadores aderiu ao
coro puxado de “Ih ih ih, Jesus é travesti”, outros não gostaram do comentário
e responderam com vaias.
Irritado, o
cantor, que abriu sua apresentação com um beijo de língua no guitarrista da
banda, Felipe Rodrigues, retrucou com um palavrão e criticou quem estava nos
camarotes. “Podem me vaiar enquanto tomam uísque pago com dinheiro público”,
disparou. Parte da plateia do camarote foi embora e outra começou a jogar
garrafas e as pessoas que estavam na pista revidaram a ação. Para amenizar o
clima, o artista voltou a cantar.
Em seu
Instagram, Johnny Hooker voltou a defender a causa e disse que a arte pode
ajudar as pessoas a atravessar tempos de obscuridade e desrespeito aos Direitos
Humanos. “A arte obriga as pessoas a olharem para o próximo, a humanizar o
próximo, a se identificar com o próximo. Esse é o maior medo dos religiosos
fundamentalistas. Eles querem nos separar, mas através do poder infinito de
transformação da arte e do amor permaneceremos unidos. Somos milhares de mães e
irmãos e filhos, e se silenciam um de nós com violência e opressão outros
milhões se levantarão”, escreveu.
A cantora
Daniela Mercury já havia atiçado a discussão durante seu show, no dia 22,
também no palco principal do FIG. “Censurar uma peça de teatro por convicções
religiosas é um absurdo e isso não pode ser permitido. A nossa Constituição não
é a Bíblia”, provocou a baiana, arrancando aplausos da plateia.
A celeuma
ganhou holofotes, após o prefeito Izaías Régis (PTB) vetar o Centro Cultural de
Garanhuns para a apresentação do espetáculo e o governo do estado retirar o
monólogo da grade oficial do FIG.
Redação OP9
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