Quarta feira,
13 de junho de 2018
O Ministério
da Saúde anunciou, na tarde desta quarta-feira (13), que a campanha de
vacinação contra a gripe terá continuidade até 22 de junho. O governo decidiu
prorrogar a campanha devido ao baixo índice de comparecimento: 77% do
público-alvo foi vacinado. O número é considerado baixo pela pasta, que
estabeleceu como meta a cobertura de 90% dessa população, o que equivale a 54
milhões de pessoas. Desde o início da campanha, no dia 23 de abril, 42,6
milhões de pessoas foram vacinadas.
A região
Sudeste é a que possui menor cobertura até agora: 71% do público prioritário
foi protegido. Na sequência, estão Norte (72%), Sul (81,3%), Nordeste (84%) e
Centro-Oeste (91,4%). Em estados como Roraima, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio
Grande do Sul, a baixa cobertura vacinal é ainda mais preocupante. Neles, os
percentuais chegam a 53,59%, 57,29%, 70,91% e 77,82%, respectivamente. Apenas
Goiás, Amapá e Ceará ultrapassaram a meta de 90%.
Segundo o
ministério, a situação acende um alerta, dada a proximidade do inverno, período
de maior circulação do vírus da gripe. Além disso, neste ano, já foram
contabilizados 2.715 casos de influenza, mais do que o dobro do que foi
registrado no mesmo período do ano passado (1.227). As mortes decorrentes da
doença também aumentaram: passaram de 204, em 2017, para 446, em 2018. Apesar
do crescimento, os números estão distantes dos que foram registrados em 2016,
quando houve forte incidência da influenza no Brasil, quando foram 12.174 casos
e 2.220 óbitos derivados deles.
“Nós
entendemos que a estratégia é: atuação mais proativa para ir buscar esse
público-alvo”, afirmou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que citou
iniciativas de vacinação e de conscientização envolvendo imprensa, escola e
agentes comunitários de saúde como exemplos.
Público-alvo
O público
prioritário da campanha é composto por idosos a partir de 60 anos, crianças de
seis meses a 5 anos, trabalhadores em saúde, professores das redes pública e
privada, povos indígenas, gestantes e mulheres que tenham tido filhos há 45
dias, bem como pessoas privadas de liberdade. Crianças e gestantes são os grupos
que registraram menor cobertura vacinal neste ano, assim como ocorreu no ano
passado. Na região Sudeste, por exemplo, menos da metade (48,95%) das crianças
que devem ser vacinadas foram imunizadas. Já o percentual de gestantes atingiu
54%.
“Essas são as
pessoas com uma imunidade menor do que as demais”, disse o ministro. Ele
destacou a necessidade de um maior envolvimento da população, especialmente no
caso das crianças, devido à dependência de adultos para que as levem até os
postos.
No caso da
região Centro-Oeste, o grupo mais vulnerável à doença é o formado pela
população indígena, cujo percentual de vacinação alcançou 74,1%. Também nesta
região, que já conseguiu ultrapassar a meta de 90%, crianças e gestantes chegam
a 76,29% e 75,02%, respectivamente, percentuais menores do que os dos demais
grupos prioritários. “Esse alerta a gente faz para que esses grupos tenham como
procurar os postos de vacinação para efetuar sua proteção”, destacou o
secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okamoto.
Estoques de vacinas
A meta de
vacinação do Brasil supera a de 80% fixada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), mas o Ministério da Saúde garantiu vacinas para todas as pessoas que
integram o público prioritário da campanha. De acordo com Mauro Junqueira,
presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems),
todos os municípios têm as doses disponíveis, inclusive em lugares de difícil
acesso, como na Região Norte.
A partir do
dia 25 de junho, poderão ser vacinados outros grupos etários, como crianças de
5 a 9 anos e adultos de 50 a 59. A vacinação desse público dependerá da
disponibilidade das doses nos municípios.
Além da
vacinação, cuidados com a higiene podem ajudar a população a se prevenir. Lavar
e higienizar as mãos com frequência, utilizar lenço descartável para higiene
nasal, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de
olhos, nariz e boca, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e
pratos, e manter os ambientes bem ventilados são algumas das medidas sugeridas
pelo ministério.
Agência
Brasil
Foto
reprodução Agência Brasil
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