Sexta feira, 16 de março de 2018
De treze pré-candidatos à Presidência da República, doze
se manifestaram a respeito do brutal assassinato da vereadora do Rio de Janeiro
Marielle Franco (PSOL), executada com quatro tiros na noite de quarta-feira, na
capital fluminense. O único a ignorar o assunto foi o postulante do PSL, o
deputado Jair Bolsonaro – que, ironicamente, é parlamentar pelo mesmo Rio de Janeiro
e se associa a uma pauta de segurança pública.
Ao longo do dia, Bolsonaro fez diversas publicações em
suas redes sociais, nenhuma sobre o tema. O deputado se concentrou na sua
defesa da criação de um campo de refugiados para resolver a situação dos
venezuelanos que entram no Brasil a partir de Roraima. Ao jornal Folha de
S.Paulo, um assessor disse que a opinião do parlamentar sobre o crime que
vitimou a vereadora, uma defensora dos direitos humanos, seria polêmica demais.
Dos filhos do parlamentar que atuam na política, dois, o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o deputado estadual do Rio Flávio
Bolsonaro (PSL), falaram sobre o tema. Flávio chegou a dizer que lamentava a
morte, em sua conta no Twitter, e que sempre tinha tido “relação respeitosa”
com a vereadora.
A mensagem, no entanto, foi apagada posteriormente. Ele
chegou a ser questionado por usuários da rede sobre o motivo de ter apagado o tweet, mas Flávio não respondeu.
Eduardo não lamentou a morte. O deputado por São Paulo se limitou a criticar as
especulações sobre uma possível culpa de policiais militares no crime, cometido
poucos dias depois de Marielle Franco ter feito duras críticas ao batalhão da
polícia em Acari, na Zona Norte da cidade, o que mais mata no Rio de Janeiro.
Os presidenciáveis que se manifestaram foram unânimes em
afirmar seus pesares à família, aos amigos e aos apoiadores da vereadora do
PSOL. A posição majoritária também foi a de cobrar apuração rápida do crime,
que a polícia trata como uma execução. Marielle foi alvejada por tiros que
partiram de um carro pareado ao seu, que fugiu na sequência, sem roubar nada do
local.
Pré-candidato à Presidência pelo partido ao qual Marielle
Franco era filiada, Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MTST), compareceu ao velório e aos atos em homenagem à vereadora. Ele
disse ser “difícil acreditar que a execução a sangue frio de Marielle e do
motorista Anderson Gomes seja mera coincidência, após as denúncias que ela
vinha fazendo sobre a violência policial no Rio”.
Veja
Foto reprodução Veja
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