Terça feira, 13 de fevereiro de 2018
Belinha era chamada de "enfermeira" pela dona,
que morreu de câncer há uma semana. Cadela também participa de momentos de
oração e será levada para visita ao túmulo.
Durante o velório de Telma Maria Pereira de Andrade a
tristeza era compartilhada por todos, mas foi à reação da cadela Belinha que
mais emocionou a família. Companheira de Telma durante o tratamento contra o
câncer, a cadela da raça boxer era chamada de “enfermeira” e no velório ficou
sempre perto do caixão, vigilante, velando o corpo de sua companheira. A
própria família ficou impressionada com a ligação entre as duas.
"E como um anjo ela passou a noite toda ao seu lado.
Mamãe dizia que era a sua enfermeira. A Belinha, como foi batizada por Telma
Maria, mostrou ser a companheira mais que fiel. Amor, vida, morte e
ensinamentos. Alguns vão dizer que sou um idiota em postar a foto do caixão da
minha mãe, mas uma imagem pode ensinar muita gente a amar os animais, e que
animais não são só animais, pois eles são puramente amor. #saudade",
escreveu o filho de Telma, Dionísio Neto, ao publicar a imagem acima no
Facebook.
Ele contou ao G1 que Belinha e Telma tinham uma relação
muito forte. O que mais o impressionou foi a postura da cadela enquanto o corpo
era velado. "No velório ela ficava em pé quando as pessoas se aproximavam
do caixão. Ela subia e ficava vigilante. Acho que era porque minha mãe dormia
na rede. Ela ficava embaixo também durante a noite toda", comentou.
Dionísio Neto explicou que Telma e Belinha eram unidas em
todas as atividades do dia. "Ela que botou o nome de Belinha e virou a
companheira dela. Faziam tudo juntas desde o café da manhã. Todos os dias a
Belinha acordava minha mãe e ela chamava a cachorra de 'minha enfermeira'. Foi
uma enfermeira do amor e da alegria, um xodó", contou.
A amizade entre as duas durou todo o período em que Telma
esteve doente. "Ela fez muita companhia para minha mãe e manteve a
alegria", comentou. A relação entre as duas foi construída aos poucos.
"No começo ela não queria, mas depois se tornaram melhores amigas",
disse Dionísio Neto acrescentando que Belinha está na família desde que nasceu,
há 4 anos.
Telma morreu em decorrência de um câncer. "Minha mãe
teve uma metástase afetando pâncreas, fígado, pulmão, coluna e estava bem
evoluído. Ela sofria muitas dores e a cadela funcionava como uma distração, uma
terapia. Foram dias difíceis e dolorosos. Até hoje a cadela vai até no quarto e
fica chorando", relatou o filho de Telma.
Dionísio Neto contou ainda que a cadela será levada na
próxima quarta-feira (14) para a visita ao túmulo da dona. "Ela vai na
visita na quarta-feira quando completa 7 dias da morte da minha mãe que deixou
dois filhos, o marido e um neto que vai chegar nos próximos meses. Antes de
morrer ela soube que o neto é um menino", finalizou.
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Belinha o tempo todo acompanhou o velório ao lado da dona |
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Dionísio contou que a mãe e a cadela estavam juntas em todos os momentos do dia |
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Belinha acompanhou inclusive as orações que passaram a acontecer após a morte de Telma |
Foto reprodução G1 PI
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