Sexta feira, 05 de janeiro de 2018
Corpos foram encontrados esquartejados em setembro na
cidade de Novo Hamburgo. Caso teve reviravolta após o Natal, quando um líder de
templo satânico foi preso suspeito de envolvimento.
A Polícia Civil acredita que uma pessoa pagou R$ 25 mil
ao líder de um templo satânico para o sacrifício de duas crianças em Novo
Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os corpos de um menino e de
uma menina, de aproximadamente 8 e 12 anos, respectivamente, foram encontrados
em setembro do ano passado. Três pessoas, incluindo o líder da seita, foram
presas.
As crianças foram encontradas no bairro Lomba Grande. Os
corpos estavam esquartejados, e faltavam partes que foram localizadas dias depois.
Os membros estavam dentro de sacos plásticos colocados em caixas de papelão, e
foram deixados em uma localidade deserta.
A investigação foi difícil para a polícia, uma vez que
exames de DNA não identificaram as crianças junto ao banco de dados. A falta de
câmeras de segurança na região também foi um obstáculo para a apuração do caso.
Várias possibilidades eram cogitadas, inclusive a de que
as crianças poderiam ser vítimas colaterais de uma disputa relacionada ao
tráfico de drogas. No entanto, a ausência da busca por pais ou parentes
intrigou a polícia.
Por isso, com base nos novos indícios coletados na
investigação, surgiu a hipótese de que o menino e a menina possam ter sido
trazidas ou compradas na Argentina.
Os três suspeitos foram presos logo após o Natal, em uma
operação, mas a informação foi divulgada no começo desta semana. O líder do
templo, que é do Rio Grande do Sul, nega as acusações, mas relata suas práticas
satanistas, que já foram até documentadas por meio de canais de televisão paga,
de acordo com o delegado Moacir Fermino.
"Ele mesmo diz que viaja pelo mundo, por vários
países do mundo fazendo esse trabalho, mas diz que sequer mata animais, diz que
só pratica bruxaria", afirma.
Moacir acrescenta que, além das prisões, foi apreendido no
templo satanista farto material que comprova o envolvimento dos suspeitos na
morte e esquartejamento das crianças. "Provas contundentes", resume o
delegado.
Revelação
"Em Novo Hamburgo, em qualquer lugar, nunca teve um
caso desses. Sou policial há 44 anos, 20 como delegado, e esse tipo de
violência sempre me toca", desabafa Moacir, ao dizer que sua fé o ajudou
na investigação.
"Sou servo de Deus, isso me veio por meio de uma
revelação, por isso a operação recebeu o nome de Revelação", afirma.
As investigações ainda estão em andamento, por isso,
Moacir se queixa do vazamento de informações que teriam prejudicado a prisão de
mais suspeitos.
Ainda de acordo com ele, autoridades da Argentina já
entraram em contato com a polícia na tentativa de identificar as crianças.
A Polícia Civil convocou uma entrevista coletiva para a
próxima semana para dar mais detalhes sobre o caso.
Corpos estavam em caixa de papelão e sacos plásticos em matagal em Novo Hamburgo (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
G1 RS
Foto: Félix
Zucco/Agência RBSVeja mais notícias no www.saovicenteagora.com.br curta o Facebook AQUI siga o Twitter AQUI o canal do You Tube AQUI do São Vicente Agora e fique atualizado com as principais notícias do dia. Você também pode falar com a redação através do WhatsApp (83) 9 9347 4768
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