Estudo foi realizado por
pesquisadores da Universidade de Hong Kong e da Universidade College London, na
Inglaterra.
Um estudo publicado
nesta terça-feira (31) no periódico científico Gut mostrou que o uso de
medicamentos como Omeprazol, Pantoprazol e lansoprazol — classificados como
inibidores de bomba de próton (IBP) — aumenta em até 2,4 vezes o risco de
câncer de estômago.
Esse tipo de medicamento
é utilizado para tratar refluxo e úlceras estomacais, e estudos anteriores já
haviam associado o uso com câncer de estômago. Mas essa foi a primeira vez que
a associação foi confirmada após a eliminação de outras possíveis causas que
poderiam contribuir para o desenvolvimento da doença, como a bactéria
Helicobacter pylori, suspeita pelo desenvolvimento da doença.
Na nova análise, segundo
os autores, da Universidade de Hong Kong e da Universidade College London, na
Inglaterra, depois de a bactéria ser removida com o uso de antibióticos, o
risco de câncer de estômago aumentou na mesma dosagem e duração do tratamento
com os medicamentos antirrefluxo. Apesar dessa preocupação e dos autores
estarem convictos da conclusão, é preciso ressaltar que esse foi apenas um
estudo observacional que não comprova uma associação de causa e efeito.
O
ESTUDO
No estudo, 63 mil
adultos foram divididos em dois grupos: o primeiro, composto por 3.271 pessoas
tomou um medicamento da classe IBP, e o segundo, com 21.729 participantes, foi
tratado com um remédio conhecido como H2, que também limita a produção de ácido
estomacal, durante três anos.
Os voluntários foram
acompanhados entre 2003 e 2015, tempo de duração do estudo. Nesse período, 153
participantes desenvolveram câncer de estômago. As análises mostraram que
nenhum deles apresentou a bactéria H Pyloru, mas todos tiveram inflamação
estomacal de longo prazo.
AUMENTO
DO RISCO X FREQUÊNCIA DO USO
Os resultados mostraram
que enquanto os bloqueadores de H2 não aumentam o risco de câncer de estômago,
os IBPs mais que dobraram a probabilidade da doença. Nas pessoas que tomavam
diariamente algum medicamento IBP, o risco foi 4,55 vezes maior do que aqueles
que ingeriam o medicamento apenas uma vez por semana.
Após um ano de uso de um
medicamento como Omeoprazol, Pantoprazol ou lansoprazol, a probabilidade do
paciente desenvolver câncer de estômago aumentou cinco vezes. Após três anos ou
mais de uso contínuo, o risco aumentou para oito vezes.
“A explicação mais
plausível para a totalidade de evidência sobre isso é que aqueles que recebem
IBPs, e especialmente os que continuam a longo prazo, tendem a estar mais
doentes de várias maneiras do que aqueles para quem esses remédios não foram
prescritos”, disse Stephen Evans, da London School of Hygiene and Tropical
Medicine, na Inglaterra, ao jornal britânico The Guardian.
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