Moradores de
Seridó, distante 9 km de São Vicente, fecharam a PB 177, a Rodovia do Minério,
durante a tarde desta terça feira (17) em protesto contra a falta d'água na
cidade.
Gritando
palavras de ordem: "queremos água"; e segurando baldes e cartazes, os
moradores interditaram a rodovia com pneus, paus e atearam fogo.
Desde o final
da tarde e o início da noite, apenas um veículo de passeio, que seguia para a
cidade de Pedra Lavrada - PB com uma mulher que estava cirurgiada, conseguiu
permissão de passar por intermédio da Polícia Militar e da reportagem do São
Vicente Agora.
Os moradores ainda
hostilizaram um funcionário da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA),
pedindo para que ele fosse retirado da coordenação da empresa no município. Uma
manifestante chegou a chamá-lo de irresponsável.
Os moradores
alegam que desde o fim do racionamento no Açude Epitácio Pessoa (Açude de
Boqueirão) as demais cidades da região que são abastecidas pelo manancial tem
água, já em Seridó o líquido chega com dificuldades só na parte baixa da
cidade, mas as contas de água chegam mensalmente para serem pagas, mesmo não
havendo água nas torneiras.
Em conversa
com a reportagem do São Vicente Agora, a jovem Alane Ferreira informou que
precisou viajar para São Paulo e pediu desligamento da água em sua residência,
só que para a sua surpresa, mesmo ela tendo protocolado o pedido de
desligamento, a companhia continuou emitindo o boleto e a dívida se acumula sem
ela ter consumido água.
O Pastor
Elier, da Igreja Assembleia de Deus de Seridó, estava no local e apoiou o protesto.
Segundo o pastor, a população demorou demais para fazer o protesto. Ainda de acordo o líder religioso, a
comunidade tem sofrido com a falta de água e não há ninguém que procure
resolver este descaso com o povo.
Carla
Cordeiro, que trabalha na Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade, disse à
nossa reportagem que existe um grande surto de diarreia em Seridó, tanto em
crianças como em adultos, e que, possivelmente, esta diarreia seja por conta da
água de um poço que a população utiliza para ingestão e demais gastos sem que
haja tratamento.
Indagada por
nossa reportagem, Carla ainda afirmou que alguns agentes de saúde estão sem
entregar o cloro para tratamento da água, o que poderia amenizar o surto de
diarreia e vômito na cidade.
A dona de
casa Suênia Sheila afirmou ao São Vicente Agora que em sua residência toda a
sua família sofreu com esse surto. Ela ainda disse que precisa desembolsar
cerca de R$ 20,00 para comprar 500 litros de água que são retirados deste poço,
que tem abastecido Seridó
A população
também solicita que o Departamento de Estradas e Rodagens da Paraíba (DER- PB)
construa um quebra molas no local para que provoque um controle de velocidade
dos caminhões e outros veículos que trafegam pela rodovia naquele trecho.
A redação do
São Vicente Agora entrou em contato com a assessoria de comunicação da
Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) para saber a posição da empresa
sobre o problema dos moradores de Seridó, mas até o fechamento desta matéria a
assessoria não havia nos mandando respostas sobre as indagações.
O protesto
foi encerrado e a rodovia liberada por volta das 7 horas da noite. Viaturas da
Polícia Militar estiveram acompanhando todo o movimento, que foi pacífico do
início ao fim. Os moradores afirmaram que, caso o problema da falta d'água não
for solucionado, em breve eles voltarão a fazer uma nova manifestação.
São Vicente Agora
Fotos São Vicente Agora
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