Ao todo, cerca de 29 mil
pessoas estão envolvidas no trabalho que começa após a aplicação das provas.
700 pessoas vão separar e digitalizar as provas.
Uma enorme operação
logística foi montada pelo governo federal para garantir que não haja
sobressaltos entre 5 de novembro, quando os 6,1 milhões de candidatos da edição
2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizerem a prova de redação, e 19
de janeiro de 2018, quando está programada a divulgação das notas do exame.
Isso porque cada redação
terá que ser corrigida por pelo menos duas pessoas – três, caso haja
discreprância entre as duas primeiras notas, e mais uma banca presencial com
outros três professores, se a discrepância das notas persistir.
Neste ano, a tarefa de
correção compete a um consórcio com três empresas: Cesgranrio, Fundação Getúlio
Vargas (FGV) e Fundação Vunesp.
O Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que na quinta-feira
(19) realizou uma simulação de segurança para testar a logística do processo,
explicou o passo a passo de como cada prova de redação vai sair das mãos dos
candidatos, chegar até as mãos dos corretores, voltar corrigida ao Inep e
depois ser divulgada ao público, tudo isso em um período previsto de 75 dias:
1-
Coleta, transporte e entrega das provas
Número
de pessoas envolvidas:
19 mil funcionários dos Correios
Como
funciona: Depois do
fim das provas, os fiscais e coordenadores dos locais de provas guardam o
cartão de resposta e a folha de redação de cada candidato de volta aos malotes,
e os Correios se encarregam de fazer o transporte até o Rio de Janeiro. É a
primeira fase do que o Inep chama de "operação reversa", ou seja, o
caminho de volta das provas preenchidas pelos candidatos até o governo federal.
2-
Separação e digitalização das provas
Número
de pessoas envolvidas:
700 funcionários do consórcio
Como
funciona: No Rio de
Janeiro, os malotes serão entregues para o consórcio. Segundo o Inep informou
ao G1, a entrega ocorrerá em dois galpões, um da Cesgranrio e um da FGV. A
partir daí, a segunda etapa é a separação e digitalização das provas. Para
isso, a Cesgranrio vai contar com 500 funcionários, e a FGV, 200.
A digitalização das
provas objetivas é feita com um "sistema de reconhecimento", que,
segundo o Inep, extrai os dados das respostas das questões de múltipla escolha.
Uma base de dados com as respostas dos candidatos é criada a partir desta extração
e, depois, a correção é feita aplicando a metodologia da Teoria da Resposta ao
Item. O Inep afirma que esse processo é feito duas vezes, uma pela Cesgranrio e
outra pela própria autarquia do MEC, para conferência das respostas.
Já a digitalização das
folhas de redação inclui um procedimento no qual cada prova é
"descaracterizada", para que o corretor não consiga identificar a
autoria do texto.
3-
Correção das provas de redação
Número
de pessoas envolvidas:
9 mil corretores coordenados pela Vunesp
Como
funciona: Depois de
digitalizar as provas de redação, a Cesgranrio e a FGV enviam as cópias
digitais de cada prova à Fundação Vunesp, sediada em São Paulo, que tem a
responsabilidade de realizar a correção. Para isso, 9 mil corretores serão
mobilizados.
Cada prova será avaliada
por, pelo menos, dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a
nota atribuída pelo outro. Esses dois professores avaliam o desempenho do
participante de acordo com as cinco competências. Cada avaliador atribuirá uma nota
entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses
pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1.000 pontos.
A nota final do participante será a média aritmética das notas totais
atribuídas pelos dois avaliadores.
Caso a nota final de
cada avaliador tenha discrepância de mais de 100 pontos, ou caso a nota de cada
avaliador em uma das competências tenha discrepância de mais de 80 pontos, a
redação passará por um terceiro avaliador. Se a discrepância persistir, uma
banca presencial com três professores avaliará a redação mais uma vez, para
definir a nota final do candidato.
4-
Processamento dos resultados
Depois de corrigidas, o
consórcio devolve as notas das duas provas (objetivas e de redação) ao Inep,
que fica incumbido de processar os resultados e gerar o Boletim de Desempenho.
De acordo com o governo federal, a divulgação do boletim deve acontecer em 19
de janeiro de 2018.
G1
Foto: Marcelo
Brandt/G1Veja mais notícias no www.saovicenteagora.com.br curta o Facebook AQUI siga o Twitter AQUI o canal do You Tube AQUI do São Vicente Agora e fique atualizado com as principais notícias do dia. Você também pode falar com a redação através do WhatsApp (83) 9 9347 4768
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