Segundo o levantamento,
72% dos brasileiros afirmam se informar por meio de redes sociais. Nesses
números, ficamos atrás somente da Grécia (74%) e da Turquia (73%).
Todo dia você deve ouvir
alguém reclamando do Facebook, da atualização do WhatsApp ou de uma nova
funcionalidade do Instagram, mas a verdade é que o brasileiro ama redes
sociais. O consumo de notícias por meio dessas plataformas é crescente no mundo
e ainda mais acentuado por aqui. Segundo o levantamento anual do Instituto
Reuters de Estudos sobre Jornalismo realizado em 2016, 72% dos brasileiros
afirmam se informar por meio de redes sociais. Nesses números, ficamos atrás
somente da Grécia (74%) e da Turquia (73%).
Para se ter uma ideia, a
média dos 26 países pesquisados é de 51%. Já no quesito compartilhamento também
não ficamos muito atrás. Segundo o Statista, em abril deste ano o Brasil foi
responsável por 6% dos compartilhamentos mundiais no Facebook, perdendo somente
para a Índia (11%) e EUA (11%). Mas o que será que nosso povo tanto
compartilha? Aproveitando a brincadeira de 9 verdades e 1 mentira, que populou
a news feed dos usuários nas últimas semanas, algumas mentiras ainda são
consumidas e compartilhadas pelos usuários de plataformas sociais.
Golpes
no WhatsApp
Diariamente passam por
grupos no WhatsApp golpes que são compartilhados por milhares e até milhões de
pessoas. Um dos mais recentes e que atingiu mais de 2 milhões de brasileiros, é
uma mensagem que vem com o propósito de personalizar seu mensageiro com a cor
do seu time de futebol do coração e na verdade é uma forma de fazer você
assinar um serviço de SMS pago. Outro golpe recente envolveu a marca Boticário,
roubando dados de mais de 50 mil pessoas.
Checar os endereços e
ter cuidado ao fornecer dados pessoais é essencial na tentativa de evitar esse
tipo de conteúdo mal intencionado. No caso do golpe dos times de futebol, a
mensagem ao clicar no link vinha com WhatsApp escrito com Z. Opa! Aí já tem
alguma coisa errada.
Promoções
“Curta, compartilhe e
comente qual cor você prefere, para concorrer a uma camionete de mais de R$ 100
mil”. Esse é só um dos exemplos de promoções que vemos passando pelo nosso feed
no Facebook, e acredite, rende milhares de compartilhamentos,
reações,comentários e em questões de dias a página que criou a “promoção” está
cheia de seguidores e mudará o nome para algo que você nunca vai se lembrar de
ter visto ou optado por seguir de verdade.
Vamos começar pelo fato
de que no geral esses perfis não têm nada de oficiais. Páginas de marcas tão
conhecidas têm aquele selinho azul que significa que são verificados e
reconhecidos pelas plataformas como verdadeiros. Outro ponto é que desde de
2014, promoções que envolvem sorteio em plataformas sociais são proibidas por
lei. Elas só podem acontecer com autorização e registro junto à Caixa
Econômica, então quando passar pelo seu feed uma superpromoção em que basta
seguir, printar o perfil e postar no seu Instagram para ganhar um voucher de
companhia aérea, desconfie! Para se prevenir, busque sempre pelo perfil oficial
da marca e obviamente não compartilhe esse tipo de ação antes de checar sua
veracidade.
Utilização
de dados e conteúdos pessoais
#NÃO_AUTORIZO!!! É
amanhã... a partir de amanhã as suas publicações, fotos ou até mesmo mensagens
que você excluiu serão públicas para todo mundo...”. Quem nunca viu essa
publicação rolando por aí?
O Facebook não irá
divulgar seus dados pessoais ou suas publicações sem que elas estejam
configuradas como públicas. Na página de Declaração de direitos e
responsabilidades da plataforma estão todas as informações sobre o uso e seu
direito sobre seus dados e conteúdos como este trecho: “Você é proprietário de
todo o conteúdo e informações que publica no Facebook, e você pode controlar
como eles serão compartilhados por meio das suas configurações de privacidade e
aplicativos.” - que garante que só você tem controle sobre seu perfil.
Política
e a era pós-verdade
A situação política do
Brasil é preocupação de todos e, obviamente, é um dos assuntos mais comentados
em plataformas sociais, mas você sabia que muitas das notícias compartilhadas
são falsas? Para se ter uma noção, em abril de 2016, na semana da votação do
impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, 3 das 5 notícias mais
compartilhadas no Facebook sobre o tema eram falsas, de acordo com um
levantamento da BBC junto ao Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso
à Informação, da Universidade de São Paulo (USP).
Mas neste caso, a
exclusividade não é do Brasil. Ao final de 2016 o site BuzzFeed fez um
levantamento em que comprovou que as notícias falsas tiveram desempenho
superior às verdadeiras no que se relacionava às eleições americanas e as
informações inverídicas que circulam na rede com mais força eram justamente as
de apoio ao atual Presidente Americano Donald Trump. Entre as principais
histórias falsas compartilhadas estavam o apoio do Papa Francisco ao
Republicano e uma notícia de que candidata Hillary Clinton havia vendido armas
para o Estado Islâmico.
Vivemos na era da
pós-verdade e isso é tão verídico que essa foi até a palavra do ano escolhida
pelo dicionário Oxford. Esse conceito já é antigo, mas se destacou com o poder
de compartilhamento e consumo de informações em plataformas sociais. Ele traz
consigo o fato das pessoas darem menos importância aos fatos objetivos e serem
mais influenciadas por aquilo que apela para emoções e suas crenças pessoais,
como no caso da torcida por um candidato ou do apoio a um partido em eleições
eleitorais.
Tem
mais…
Imagens com antes e
depois e receitas que podem colocar sua saúde em risco ou são falsas com a
chamada “Você não vai acreditar nessa dica milagrosa!”. Corra! O próprio
Facebook não autoriza o uso de imagens de antes e depois em anúncios e isso já
demonstra que muitas vezes esse conteúdo não é confiável.
Não podemos esquecer o
caso da mulher que foi espancada até a morte no Guarujá (SP) por conta de um
boato que surgiu em uma página no Facebook em 2014. O boato começa e o
compartilhamento desenfreado continua dando voz para uma notícia falsa que pode
ter graves consequências.
E quem lembra quantas
vezes vimos notícias sobre a morte do ator Roberto Gómez Bolaños, nosso eterno
Chaves, muito antes do seu falecimento? Notícias tristes que são utilizadas
para conseguir audiência na rede ou simplesmente como uma brincadeira de mau
gosto.
Uma verdade no meio de
tantas mentiras é: verificar outras fontes, duvidar de títulos
sensacionalistas, conferir datas de publicação e o endereço do site onde você
está lendo o conteúdo são algumas dicas que o próprio Facebook dá para evitar a
disseminação de conteúdos falsos. Se o brasileiro é tão engajado em redes
sociais vale a pena usar esse interesse e essa força para dividir conteúdos
legítimos e interessantes na rede, não é?!
Portal
Correio
Fotos
reprodução Portal CorreioVeja mais notícias no www.saovicenteagora.com.br curta o Facebook AQUI siga o Twitter AQUI o canal do You Tube AQUI do São Vicente Agora e fique atualizado com as principais notícias do dia. Você também pode falar com a redação através do WhatsApp (83) 9 9347 4768
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