O diagnóstico
tardio e o comportamento devastador são duas das principais características do
câncer no pâncreas, doença que matou, somada a tumores no fígado, o jornalista
Marcelo Rezende, no último sábado. Os sintomas inexpressivos desse tipo de
câncer são as maiores causas de ele ser descoberto já em estágio avançado.
— Se o tumor
está localizado na cabeça do pâncreas, a doença normalmente se manifesta por
icterícia, caracterizado por aquele amarelado nos olhos, com alteração na
coloração da urina e das fezes, e coceira no corpo — aponta o médico Roberto de
Almeida Gil, oncologista clínico da Oncoclínica, que completa: — Outros sinais
da doença, quando ela se instala no corpo e na cauda do pâncreas, são as dores
na barriga e nas costas. Além disso, os pacientes apresentam emagrecimento
muito rápido e até mesmo uma diabetes que surge de uma hora para a outra.
Assim como em
outros casos de câncer, o diagnóstico precoce é sempre o ideal para se realizar
o tratamento. É por conta da dificuldade de descobrir a doença cedo, que sua
taxa de mortalidade é tão alta. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer
José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de pâncreas é responsável por cerca
de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes
por essa doença, no Brasil.
Exame de sangue pode detectar
Por conta da
localização “escondida” do pâncreas, que fica atrás de órgãos como o estômago,
o diagnóstico da doença pode se dar por exames de sangue e imagem. Mas, a
biópsia do tecido do órgão é o que determina a doença e sua gravidade.
— Para se
pensar em cura, o ideal é que o paciente faça a cirurgia. Mas nas pessoas com a
doença em estágio mais avançado é preciso quimioterapia — explica Frederico
Muller, oncologista clínico do Hospital Fundação do Câncer.
Segundo o
oncologista do Inca Cristiano Guedes Duque, nem sempre a cirurgia é o
suficiente para a cura.
— Quando é
possível realizar a cirurgia, é muito comum o câncer reaparecer.
Fatores de risco
Tabagismo:
Quem faz uso do cigarro e seus derivados tem três vezes mais chances de
desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes.
Excesso de
bebidas alcoólicas: O consumo exagerado de álcool pode gerar uma inflamação no
pâncreas, que pode evoluir para uma pancreatite e, depois, um câncer de
pâncreas.
Má
alimentação: O consumo em excesso de alimentos gordurosos, enlatados, altamente
processados danificam o pâncreas.
Doenças
crônicas: Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus,
submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou no duodeno, que sofreram
retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais
chances de desenvolver a doença.
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