Em tempos de
crise, até o trabalho mais antigo do mundo precisa se reinventar. Prostitutas
de luxo do Rio de Janeiro e de São Paulo estão tendo que lidar com a escassez
de clientes dispostos a pagar valores mais altos pelos serviços. Nem só o
mercado de luxo, porém, passa por apertos. As meninas da Vila Mimosa, zona de
prostituição do Rio de Janeiro, enfrentam uma realidade ainda pior: sua
clientela foi embora da cidade. Com isso, elas precisam buscar trabalho em
outros lugares.
A
acompanhante de luxo paulistana Yasmin Bergamin resolveu rifar seus serviços
pelo preço de R$ 30 por aposta. São cem números e o sorteio vai de acordo com
os da loteria federal — ela ainda faz promoções de 2 números por R$ 50 e 3 por
R$ 80. Dessa forma, o cliente leva um serviço que valeria R$ 3 mil por um
centésimo do valor, e ela não perde um real com isso.
A paulista
tatuada Valentina Valente é crítica à atitude. Passando uma temporada no Rio,
ela conta que começou no ramo já durante a crise, há um ano. Ela cobra R$ 400
por hora.
— Eu iniciei
em um momento de crise, mas acho complicado isso das meninas fazerem rifas.
Assim, elas não estão só desvalorizando o trabalho delas, mas também o de
outras garotas.
A
desvalorização do trabalho nem sempre é uma escolha, mas sim uma condição. Uma
influente personagem da Vila Mimosa conta que, desde que as crises política e
financeira se instalaram no país, o negócio no local está caindo.
— O problema
é que a Vila Mimosa depende de peão. Como as obras pararam, o local esvaziou e
as garotas estão tendo problemas para achar programa — conta ela, que preferiu
não se identificar. — Agora, elas estão no meio da pista, topando fazer
trabalhos dentro do carro mesmo por R$ 20, R$ 30. Muitas garotas que conheci
por aqui foram embora, viajaram para Belo Horizonte, para o mundo.
O perfil da
carioca Gabi está num site de classificados de acompanhantes. Ela trabalha há
cinco anos no ramo e se queixa de que, quando começou, era muito mais fácil
achar trabalho.
— Senti um
pouco a crise, o movimento deu uma caída. O último mês foi muito difícil,
cheguei a perder alguns clientes que eram fixos — explica. — Os valores sempre
são negociados.
Na contramão,
Rafinha começou a fazer programa há seis meses, por falta de trabalho formal.
Antes, ela era atendente de telemarketing. Agora, segundo ela, sua condição
financeira melhorou.
— Agora, eu
cobro R$ 150 a hora e estou recebendo um retorno financeiro positivo.
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