“Perdi muito tempo, já
me decidi: vou chutar o balde, hoje eu vou me divertir”, cantava Perlla nos
idos de 2009, no hit “Eu vou”. Em 2017, quatro anos depois de optar pela
carreira gospel e de afirmar que não voltaria ao funk, ela retorna aos palcos
com o ritmo que a projetou.
— Quero voltar a levar
minha alegria para as pessoas. Antes, eu estava em outra vibe, com outros
pensamentos, imaginava que não dava para conciliar a minha religião com essa
carreira artística, mas descobri que posso continuar sendo a Perlla que eu
sempre fui porque a saudade ficou. Recentemente, fiz um show para uma rádio e
as pessoas pediram minha volta com muito carinho. Muita gente sempre me cobrou
esse retorno, falava das turnês maravilhosas que eu fazia... Fiquei um tempo
dedicada a minha família, mas decidi que agora, com minhas filhas maiores, é o
momento de voltar— anuncia a mãe de Pérola, de 5 anos, e Pietra, de 4, frutos
de seu casamento com Cássio Castilhol.
Uma característica, no
entanto, não se repetirá na retomada da carreira: ela deixa de lado a alcunha
de MC, assim como Ludmilla e Anitta fizeram, e passa a assinar Perlla. O
retorno também é planejado sem uma classificação do gênero que ela irá seguir.
— Com relação a minha
música, eu nunca gostei de rotular, mas se perguntarem para elas [Anitta e
Ludmilla] se em algum momento ouviram as minhas canções, acho difícil não
responderem que não fui uma inspiração. O que existe hoje foi porque eu deixei
um caminho, uma estrada. Se elas seguem determinado estilo, foi porque passaram
pelo meu som — opina a intérprete de “Tremendo vacilão”, sucesso sete anos
atrás.
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Perlla e as filhas Pietra e Pérola |
Com 12 anos de carreira, Perlla, no entanto, afirma não ter se arrependido de suas decisões. Ela planeja continuar cantando informalmente na igreja que frequenta, a Igreja Batista Lagoinha, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e em congregações de amigos.
— Eu já conhecia Jesus
desde a infância, mas precisava de um tempo para me dedicar ao crescimento das
minhas filhas. Me permiti um tempo para sossegar. Com shows à noite e tantas
apresentações no mês, eu me via sem estrutura para conciliar a agenda com a
família. Precisei desses sete anos afastada do meio artístico para ficar com
eles. Antes, tive minha fase de solteirice, de uma menina que estava fazendo
sucesso sozinha. No meio gospel, para gravar um projeto gospel, é bem diferente
porque a galera canta de verdade — diz, aos 28 anos, e acrescenta: — Não me
arrependo de nada que fiz. O tempo de amadurecimento em todas as áreas foi
muito importante. E tive o apoio dos pastores da igreja para seguir. Eles
disseram para eu levar minha alegria para as pessoas.
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Em 2006, quando assinava MC Perla (Foto: Gustavo Azeredo) |
— Vou retornar com os
meus sucessos e isso não dá para misturar com a música gospel. Cantar uma
canção de amor, todo mundo canta: quem é da igreja e quem não é. Com Belo, vou
cantar “Depois do amor” — adianta a artista, hoje empresariada por Vivi
Freitas, responsável também pelas carreiras de Naldo Benny e MC Leozinho.
Perlla não cantará música gospel no palco
Extra
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