O
racionamento de água em Campina Grande não tem mais prazo para acabar. A
informação foi dada pelo presidente da Agência Executiva de Gestão de Águas da
Paraíba (Aesa), João Fernandes, ao analisar pela diminuição da vazão das águas
da transposição do Rio São Francisco que chegam à Paraíba. Inicialmente
acreditava-se que a normalização no abastecimento da cidade poderia ocorrer no
próximo dia 19, mas os problemas causados por uma manutenção feita pelo
Ministério da Integração Nacional em um trecho do canal em Pernambuco
inviabilizaram o cumprimento da meta.
Agora, a
expectativa passa a ser o mês de agosto mas, mesmo assim, Fernandes não arrisca
fechar um cronograma. “Hoje não sabemos quando será o dia. O que temos a dizer
concretamente é que, em contato com o Ministério da Integração, eles informaram
que estão fazendo manutenção da obra e que 99% da manutenção desse canal e
desse reservatório já está feita. Eles deram uma reduzida na vazão para fazer a
manutenção do sistema”, explicou. O presidente da Aesa destacou que não tem
como garantir o cumprimento do prazo dado pela Cagepa, mas que tem esperança
que, em agosto, o racionamento acabe.
Ao todo, a
obra contempla 217 quilômetros de extensão, com seis estações elevatórias e
doze bombas. “É uma rede muito complexa, por isso, trabalhávamos com um prazo
de 60 a 90 dias se eles liberassem a vazão de 9 metros cúbicos por segundo”,
explicou. Fernandes acrescentou que desse total, o máximo que chegou ao estado
foi uma vazão de 7,8 metros cúbicos por segundo, sendo que a média nem chegou a
esse número nos dois primeiros meses do projeto. “No terceiro mês de chegada a
Monteiro a média caiu para 3,99 metros cúbicos por segundo e nos últimos dias a
média está caindo ainda mais”, lamentou.
O auxiliar do
governo do estado lembrou que o caminho das águas na Paraíba está pronto, só
que a água precisa chegar em Monteiro. “Não tem como eu cumprir a meta se não
me derem as condições. Estou convencido de que o governo está trabalhando, mas
a obra do canal em Pernambuco não está pronta”, salientou.
Atualmente, o
açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) – que abastece a cidade de Campina Grande e
outros 18 municípios – está com quase 30 milhões de metros cúbicos, segundo
dados da Aesa. Isso é mais que o dobro do que era registrado no mês de abril.
“Entretanto, precisamos de mais uns quatro milhões de metros cúbicos para
acabar o racionamento. Se tivesse chegando seis ou sete milhões de metros
cúbicos por segundo em Monteiro, em dez ou quinze dias isso estaria resolvido”.
Blog do
Gordinho
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