Segundo
Dnocs, é preciso acompanhar como água da transposição vai se comportar no percurso
do Rio Paraíba; Aesa e Governo federal veem possibilidade de água alcançar todo
o estado.
A água
do Rio São Francisco já corre em território paraibano, através do eixo leste da
transposição, começando pelo município de Monteiro, no Cariri da Paraíba, a 305
km da Capital. Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, somando-se
os municípios beneficiados pelo trecho já inaugurado (72, incluindo João
Pessoa) aos 55 que serão contemplados com o eixo norte, ficam ‘de fora’ 96
cidades da Paraíba após o fim das obras. Isso, no entanto, não significa dizer
que essas localidades não possam também ficar livres dos efeitos da seca.
De
acordo com o coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas (Dnocs), Alberto Gomes, as cidades não incluídas pela Integração Nacional
entre as contempladas pelos dois eixos podem ser beneficiadas com o
preenchimento de reservatórios próximos e obras de canais e adutoras realizadas
pelo Governo do Estado, havendo, em um futuro ainda não preciso, a
possibilidade de que toda a Paraíba possa usufruir da obra da transposição.
“A água
entrou por Monteiro, abastecendo Poções. De lá, segue para Camalaú, em seguida
para o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), de onde desce para Acauã e segue para
as vertentes litorâneas, como o canal Acauã-Araçagi”, explicou Alberto Gomes,
referindo-se ao trajeto do eixo leste. Conforme indicou, é preciso esperar que
Boqueirão sangre para se ter noção de quando a água poderá perenizar o Rio
Paraíba e atingir as cidades do Litoral, como João Pessoa, por exemplo. Ou
seja, é preciso acompanhar como a água vai se comportar no percurso do Rio
Paraíba para saber se ela vai alcançar o Litoral.
“Pelo
eixo norte, serão atendidos os reservatórios do complexo Coremas – Mãe D’água,
São Gonçalo e Engenheiro Ávidos. As obras deste trecho devem acabar em dezembro
de 2017, se tudo correr bem”, acrescentou Gomes.
O
presidente da Agência Estadual de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), João
Fernandes, contou que as águas da transposição são prioritárias para consumo
humano e animal, mas também vão beneficiar a produção de peixes e camarões e a
agricultura através do projeto vertentes litorâneas.
“De
Poções (açude em Monteiro) as águas da transposição seguem para Camalaú e
Boqueirão. Quando Boqueirão atingir 33 milhões de metros cúbicos (m³) e Campina
Grande começar a captar água por gravidade, vamos tratar de descer água rio
abaixo para que ela chegue em Acauã-Araçagi, onde temos o projeto das vertentes
litorâneas, que é uma verdadeira transposição dentro do estado, com mais de 100
km de canais. Com isso, vamos poder consolidar o projeto de criação de camarões
e de peixes, além da agropecuária, desenvolvendo e criando emprego por onde a
transposição passar”, afirmou João Fernandes.
Obras em andamento
O
governo do Estado já tem obras anunciadas ou em andamento que prometem expandir
a água da transposição para outras regiões da Paraíba, que não foram atendidas
pelo eixo leste.
O
governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, assinou no dia 10 de maio deste ano a
ordem de serviço para o Sistema Adutor TransParaíba, que faz parte do Programa
Mais Trabalho, que também prevê a construção de barragens na região formada por
cidades como Soledade, São Vicente do Seridó, Cubati, Pedra Lavrada, Nova
Palmeira e Picuí.
O
governo afirmou que serão investidos R$ 220 milhões no sistema adutor e que a
obra representa um marco histórico para a região mais seca do estado. “É a
transposição da transposição. Estamos pensando grande e vivendo um novo momento
na Paraíba, que conta hoje com uma estrutura bem melhor do que a que encontrei,
quando assumi o governo em janeiro de 2011”, declarou Ricardo, na assinatura da
ordem de serviço.
A
Cagepa também informou recentemente que a há uma obra que deve ser concluída no
fim deste mês de maio para levar água a cidades do Cariri, como Congo, Sumé,
Livramento, Gurjão, Ouro Velho, Parari, Prata, São José dos Cordeiros, Serra
Branca, São João do Cariri e Monteiro.
Portal
Correio
Foto reprodução
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