Na missa de
corpo presente no Centro Cultural Dragão do Mar, músicos e fãs cantaram as
canções do cearense.
Fãs e
familiares se despediram do cantor cearense Belchior na manhã desta terça-feira
(2), durante o enterro no cemitério Parque da Paz (Passaré), em Fortaleza.
Antes, o artista foi velado numa missa de corpo presente no anfiteatro do
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Praia de Iracema), antes de ser levado
para o local do sepultamento, onde seu corpo foi enterrado ao lado de
familiares.
O caixão
chegou ao Parque da Paz às 9h30. Um cordão de isolamento foi providenciado para
delimitar a área de contato entre o túmulo e os familiares, no entanto, fãs
conseguiram acessar o local para observar e cantar, em voz alta, músicas de
Belchior, evitando que a família ficasse reservada. A viúva, irmãos, filhos e
amigos próximos ao cantor tiveram dificuldades de velar o caixão em silêncio.
Missa
Presente no
Dragão do Mar, o presidente do Sindicatos dos Músicos do Ceará, Mimi Rocha,
sonhava com o retorno do cantor ao Estado para entoar as canções que fizeram de
Belchior um ídolo nacional. "A gente queria ver ele voltando pra tocar
aqui, mas fomos pegos de surpresa. Tive oportunidade de tocar com ele, viajamos
fazendo shows pelo Rio Grande do Sul, Rondônia e interior do Ceará. Ele era um cara muito bacana, de fácil
convívio, papo muito filosófico. Nos últimos shows que fiz com ele, não
tínhamos muito acesso a ele fora do palco. Mas sempre que encontrava a gente
falava de cinema, filosofia", relembra o músico.
No final da
missa, músicos locais tocaram várias canções de Belchior, como "Hora do
Almoço", "Alucinação", "A Palo Seco", "Sujeito de
Sorte" entre outras. O clássico "Como Nossos Pais", conhecida na
voz de Elis Regina, foi cantado em um grande coro no anfiteatro. "Um ser
amado nunca é sepultado e Belchior será sempre lembrado em uma canção, uma
palavra", disse o frei Ricardo Régis, que celebrava a cerimônia católica,
em seu discurso.
Segundo a
diretora de comunicação do Dragão do Mar, a jornalista Isabel Andrade, a
família reconheceu o centro cultural como um lugar ideal para o velório por conta de diversos fatores. O fácil acesso
e localização do Dragão, o reconhecimento de que o local é um templo da cultura
cearense e ainda a ligação de Belchior com o poeta, músico e arquiteto Fausto
Nilo, que assina o projeto arquitetônico do Dragão do Mar, inaugurado em 1998.
O corpo do
cantor cearense chegou ao Ceará nesta segunda-feira (1º) quando foi velado no
Teatro São João, em Sobral, sua cidade natal. Durante a tarde, o corpo foi
encaminhado para o Dragão do Mar, onde, no hall do teatro do centro cultural,
fãs fizeram fila para dar adeus ao ídolo até às 8h desta terça (2).
Diário
do Nordeste
Fotos:
José Leomar Veja mais notícias no www.saovicenteagora.com.br curta o Facebook AQUI siga o Twitter AQUI o canal do You Tube AQUI do São Vicente Agora e fique atualizado com as principais notícias do dia.
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