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Foguete H-2A,
cujos fragmentos foram vistos em João Pessoa - PB, já foi usado para lançar satélites em
órbitas geoestacionárias, para pôr um satélite em órbita da lua e para mandar
uma sonda espacial para o planeta Vênus.
Pedaços do
foguete H-2A, lançado no Japão em 2002, foram vistos passando sobre João Pessoa
na noite dessa quinta feira (7). O registro foi feito pela Estação DCS1/PB da
Bramon (Rede Brasileira de Observação de Meteoros).
A Bramon, em
publicação nas redes sociais, noticiando o ocorrido, explicou que O H-2A é um
sistema de lançamento "descartável" da JAXA, a Agência Espacial
Japonesa. Todas as partes do foguete vão sendo descartadas na medida em que ele
ganha altitude, até alcançar a órbita desejada.
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O H-2A já foi usado para lançar
satélites em órbitas geoestacionárias, para pôr um satélite em órbita da lua e
para mandar uma sonda espacial para o planeta Vênus. No total, já foram 30
lançamentos entre 2001 e fevereiro deste ano, sempre a partir do Centro
Espacial de Tanegashima, no Japão.
Os
observadores da Bramon ressaltam que todas essas peças descartadas a cada
lançamento reentram na atmosfera ou ficam orbitando a Terra, formando uma
espécie de nuvem de lixo espacial. No segundo lançamento, em 4 de fevereiro
2002, o H-2A deixou no espaço dois grandes detritos que orbitam a Terra até
hoje. Um destes é justamente o que foi flagrado por uma das estações da Bramon
na capital paraibana.
O detrito, com o número 28243 registrado no Catálogo
Norad, que identifica todos os artefatos orbitando a Terra, foi visível na
forma de flashes sequenciais com espaçamento e período constantes, o que indica
que o objeto está girando em torno de si mesmo. O período entre os flashes, de
aproximadamente 8,25 segundos, sugere que o período de rotação dele é em torno
de 16,5 segundos.
A órbita do
objeto bastante alongada é característica de detritos de veículos lançadores de
satélites geoestacionários, que precisam alcançar uma órbita mais distante da
Terra. Os satélites geoestacionários são aqueles que se encontram aparentemente
parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha
do equador.
Todo trabalho
de busca e identificação foi feito por Ravi Jagtiani. A estação DCS1/PB é
administrada por Damião Carvalho, que também coordena o Planetário do Espaço
Cultural, em João Pessoa.


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