
O Globo
Foto
ilustrativa da internet
Segundo
Polícia Federal, criminosos também fraudavam licitações e pagavam propinas a
agentes públicos.
RIO — A
Polícia Federal realizou a Operação Águia de Haia, na manhã desta
segunda-feira, para desarticular um esquema criminoso de fraudes em licitações
e desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb). Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa pagava propinas a
agentes públicos que cooperavam com as fraudes nos contratos. O grupo também
desviava recursos da educação em três estados e no Distrito Federal. O prejuízo
é de aproximadamente R$ 57 milhões.
Foram
cumpridos 96 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva na Bahia,
em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. De acordo com a PF, os
criminosos realizam as fraudes desde 2009. O esquema ilícito teria começado em
São Paulo, ido para Minas Gerais e estabelecido uma base principal na Bahia,
onde agiam em 18 municípios. Os criminosos serão indiciados por crimes
licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha e outros
delitos não informados.
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O nome da
operação faz referência ao apelido recebido pelo diplomata, jurista, político e
escritor Ruy Barbosa durante a Segunda Conferência de Paz, em Haia, em 1907,
quando ele notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos Estados.
Ruy Barbosa foi profundo estudioso da língua portuguesa e foi um dos fundadores
da Academia Brasileira de Letras.
DESVIOS NO FUNDEB JÁ MOTIVARAM OUTRA
OPERAÇÃO
No dia 13 de
maio deste ano, a Polícia Federal já havia realizado uma Operação contra
desvios de recursos no Fundeb, na Bahia. A ação, batizada de 13 de maio, também
incluiu desvios de recursos municipais e de programas do estado.
De acordo com
as investigações, o dinheiro era desviado por meio de superfaturamento de
contratos e também por empresas fantasmas, que não prestavam os serviços. As
empresas operadas por laranjas atuavam em contratos de serviços de engenharia,
transporte escolar e realização de eventos sociais.
Na ocasião, a
PF identificou dez empresas de fachada usadas por 20 prefeituras da Bahia para
desvio de recursos públicos superiores a R$ 70 milhões. Uma destas empresas, a
União Brasil Transportes, pode ter sido usada também no esquema de remessas
ilegais de dinheiro para o exterior operado pelo doleiro Alberto Youssef, preso
na Operação Lava Jato.
Além dos
prefeitos dos municípios de Fátima e Sítio do Quinto, tiveram prisão decretada
seis de ex-prefeitos, quatro de vereadores, cinco de ex-secretários e nove
funcionários públicos.
A Justiça
Federal determinou o afastamento de sete pessoas de suas atividades
profissionais, principalmente funções públicas.
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